Não voltes pelo mesmo caminho!

“Porque assim me ordenou o SENHOR pela sua palavra, dizendo: Não comerás pão, nem beberás água e não voltarás pelo caminho por onde foste” (1 Rs 13.9).

Quantas vezes seguimos um caminho que nos leva à destruição,  à derrota, e, por vezes, à solidão e ao desespero!
Quando isso acontece, é preciso voltar ao início de tudo.
Mas nem sempre devemos tomar o mesmo caminho de volta. É preciso ouvir Deus para saber qual o caminho a seguir.
Pode ser que Deus diga: “não voltarás pelo caminho por onde foste”!
E nesse caso, é melhor dar ouvidos a Deus do que ouvir os “profetas velhos” que lhe aconselharão diferente, e dirão que têm experiência,  que Deus também lhes fala, mas mentem (1 Rs 13.18).
Voltar pelo mesmo caminho pode ter um leão a espreita!
A mesma vida, as mesmas atitudes, as mesmas ações, os mesmos comportados e os mesmos erros de antes devem ser evitados. E quem sabe, as mesmas pessoas, os mesmos lugares, os mesmos ambientes também devem ser deixados para trás.
Seguir outro caminho pode ser benéfico e um bom novo começo.
Quem sabe no silêncio da caverna, depois da agitação, a voz de Deus ecoará falando o caminho a seguir.
É só ouvi-Lo e seguir em paz!

Lo-Debar

E disse o rei: Não há ainda alguém da casa de Saul para que eu use com ele da benevolência de Deus? Então disse Ziba ao rei: Ainda há um filho de Jônatas, aleijado de ambos os pés.
E disse-lhe o rei: Onde está? E disse Ziba ao rei: Eis que está em casa de Maquir, filho de Amiel, em Lo-Debar. 
(2 Samuel 9.3-4).

Hoje eu estava em casa, pensando e, confesso, quase dormindo, pois passava da meia-noite! 
Comecei a fazer uma análise rápida do atual momento de minha vida e a palavra Lo-Debar não saia da minha mente.
Lo-Debar era uma cidade de Gileade ao leste do Jordão e significa “sem pasto” ou, “sem palavras”, ou ainda, “sem comunicação”. Ou seja, um deserto, lugar seco, lugar de solidão, de isolamento, de silêncio. Era lá que estava Mefibosete, filho aleijado de Jônatas, amigo de Davi.
A história de Mefibosete é bem conhecida de todos os leitores da Bíblia, de como ele foi lembrado por Davi e restaurado à posição de príncipe. É uma história triste mas com final feliz.
Já ouvi algumas pregações sobre Lo-Debar e sempre com conotação negativa. Realmente, é difícil pensar em algo positivo quando se pensa em um deserto, em uma terra seca.
Deserto não é um lugar agradável. Olhar para uma terra seca dá tristeza! É algo desagradável, sem vida, sem beleza!
Mas infelizmente, na jornada de nossas vidas, passamos por desertos!
Ficamos em silêncio ou somos silenciados ou os outros se silenciam para nós! Os amigos desaparecem, somos esquecidos ou deixados para lá!
Sim, Lo-Debar ainda existe! E é aqui mesmo!
Mas, quem sabe, Lo-Debar é um mal necessário?
Em Lo-Debar temos a oportunidade de rever nossos conceitos, crenças e valores.
É um momento para pararmos e ver o que realmente é importante e necessário à nossa vida.
Lo-Debar não é tão negativo assim! Podemos aprender e crescer na vida lá (ou aqui)!
E, por incrível que pareça, Deus também está em Lo-Debar.
Embora, Ele também silencie nesse lugar, mas Ele está presente, e é possível senti-Lo!
Nem todos os que estão em Lo-Debar serão restaurados à situação de príncipes, ou seja, serão lembrados.
Mas lembrados ou não, a vida continua. 
Se em Lo-Debar ou no palácio do rei, é preciso viver, continuar, seguir em frente!
O certo é que o Divino Companheiro estará presente o tempo todo e isso é o suficiente e o que realmente importa, o resto é resto!
Lo-Debar! Ah, Lo-Debar! Você existe sim!