O capítulo 5 de Mateus é o começo do Sermão do Monte pregado por Jesus. O Sermão do Monte é considerado por muitos cristãos como a constituição do Reino de Deus.
E é dessa constituição que gostaria de observar alguns pontos.
A antiga aliança era um conjunto de regras e observâncias que os crentes deveriam por em prática no dia a dia de suas vidas.
Era um sistema do tipo “não faça isso” e “faça aquilo”. Era como um espelho que mostra as imperfeições do rosto, mas não pode removê-las.
Daí ter surgido crentes tipo os fariseus, que exteriormente eram perfeitos, mas por dentro, “sepulcros caiados”. Para eles o que importava era a exterioridade, a aparência.
Assim, não adulterar, não matar, não perjurar, e tantos outros “não” eram observados na risca, “exteriormente”. Até porque, quem poderia saber o que estava dentro do coração de outrem? Assim sendo, a objetividade era o que contava.
Contudo, Jesus dar um novo sentido aos mandamentos. Não deixa apenas na objetividade, mas vai além, vai para a subjetividade também.
Não é somente o exterior que conta, mas também o interior.
Desta forma, adulterar não é somente ter uma relação extraconjugal de fato, mas também desejar no coração tê-la, mesma que na prática não seja jamais consumada. No coração já estará consumada!
Matar não é somente tirar a vida do próximo, mas também no coração encolerizar-me contra ele e desejar-lhe toda sorte de mal.
Torno-me um assassino ao me deixar dominar pelo ódio por meu irmão ao ponto de querer destruí-lo ou lhe desejar o mal, mesmo que na prática nunca o faça!
Jesus deixa claro que o mais importante é o que tenho dentro do meu coração.
O jovem de qualidade exteriormente era perfeito. Observara os mandamentos a vida toda. No entanto, no centro do seu coração havia algo que o desviava da eternidade: o amor às riquezas que possuía.
O exterior deve refletir o interior, caso o contrário, não passa de tremenda hipocrisia!
É simples assim!