
Inicialmente eu diria que NÃO. Analise comigo.
A Bíblia diz “irai-vos e não pequeis, não se ponha o sol sobre a vossa ira”. Entretanto ira não é a mesma coisa que ódio. A ira é uma emoção repentina, passageira. Já o ódio é um sentimento profundo de ira, raiva, rancor, aversão, inimizade, desgosto, repulsa contra algo ou alguém.
Tal sentimento é averso àquilo que Jesus Cristo nos ensinou.
Quando odeio algo ou alguém tenho repulsa, aversão, rancor, desgosto ou inimizade pelo objeto do meu ódio, ao ponto de querer o mal, a destruíção, a ruína daquilo que odeio. “Tenho vontade de acabar com a vida daquele(a) miserável” é o pensamento e o sentimento de quem odeia. O pior é que com isso no coração vou “louvar” a Deus e “ministrar” na casa dEle. E isso não é ficção, tenho conhecimento de causa. Com isso no meu coração, pergunto: Será que Deus recebe o meu louvor? A minha ministração abençoará vidas? A resposta nós sabemos. É um taxativo NÃO!
A vida cristã não se resume num momento, quando estamos na igreja, diante dos irmãos. É o que eu sou por dentro (ou não sou). Posso ter “aparência de piedade”, mas negar a fé.
Minha capacidade de reconhecer os meus pecados, arrepender-me, pedir perdão, perdoar aos meus ofensores e acima de tudo amar incondicionalmente determina se sou um seguidor de Cristo ou não! (Referindo-se a cristãos, evidentemente).
Quando eu era criança costumava ouvir sempre no rádio uma música, que em determinada parte da letra, dizia: “não adianta ir à igreja rezar e fazer tudo errado” e é assim que muitos cristãos agem hoje.
Odiar faz mal a mim mesmo e nenhum mal a quem eu odeio (a não ser que eu vá e faça algum dano em quem odeio). Fecha o meu coração e torna-me doente. Sem contar que impede a minha comunhão com Deus. Minhas orações não passarão de balbuciar de lábios, porque não serão atendidas pelo Senhor, a menos que eu expulse o ódio de dentro de mim e perdoe a quem odeio.
É SIMPLES assim!