Eles eram discípulos. Andaram juntos, tiveram experiências em comum, viram coisas extraordinárias, presenciaram milagres e curas fantásticas ao longo da caminhada com o Messias. Tudo indica que um era superextrovertido, o outro superintrovertido. Um falava demais, o outro falava de menos e quando falou alguma coisa, falou inapropriadamente. Um fez uma declaração fantástica a respeito do Cristo, de que Ele era o Filho do Deus vivo, mas também se deixou levar pelo inimigo e foi usado por ele para dizer algo que tornaria impossível a nossa salvação.
Você já sabe de quem estou falando, não é mesmo? Sim, de Pedro e Judas. Os dois tiveram um momento crucial em suas vidas. Um se tornaria o traidor, o outro negaria o seu Mestre três vezes. A diferença estaria na atitude de cada um depois do pecado cometido.
Os dois seguiram caminhos totalmente diferentes. Mas o mesmo sentimento invadiu a coração deles: REMORSO. Não, não venha me dizer que Pedro se arrependeu, enquanto Judas sentiu remorso simplesmente, como estou farto de ouvir em pregaçoes por aí.
O remorso de um o levou a enforcar-se, a tirar a sua própria vida numa tentativa de aliviar a dor que sentia por ter cometido tão grave pecado, o de ter traído o seu Mestre, como ele mesmo disse “sangue inocente”.
O remorso de outro o levou a chorar amargamente.
Que diferença! Podemos concluir que os dois tinham conhecimento suficiente do Mestre para saber que Ele os perdoaria. Eles estiveram com Ele por mais de três anos e sabiam disso. Judas ao beijar o Mestre é chamado de amigo. Ora, se Jesus considerava Judas um amigo, o perdoaria por tamanha fraqueza! O problema estava em perdoar a si mesmo. Esse é o maior problema de muitos que pecam contra Deus.
O amor de Pedro pelo Mestre (e ele confessou isso três vezes) era muito grande para se deixar levar pelo sentimento de culpa, pelo remorso. Cabia a ele decidir se ficaria lamentando o pecado cometido ou se ia em busca do Mestre, para está com Ele, e receber dEle a incubência de apascentar as Suas ovelhas.
Um se tornou suicida, o outro, um dos maiores apóstolos e colunas da Igreja!
A diferença: a atitude e decisão pessoal de cada um. O fim, depende do caminho que seguimos. Cabe a nós escolher, afinal, Deus nos capacitou para que tomemos nossas próprias decisões.
É isso!