“E disse-lhes: A minha alma está profundamente triste até a morte; ficai aqui, e vigiai.” (Marcos 14.34).
Cristo nunca entrou em depressão e nem podia. No entanto, Ele sentiu uma profunda tristeza, momentos antes de Sua morte. Não se tratava de uma fraqueza do Salvador ou medo da morte. Ele tinha poder sobre a Sua vida, para a dar e para tornar a tomá-la (Jo 10.18). Sua tristeza estava relacionada a experiência que Ele teria, ao tomar sobre si os nossos pecados e, por um momento, sentir o afastamento do Pai, ao ponto de exclamar: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mt 27.46). Ele estava no Getsêmani em grande agonia, por tudo o que viria pela frente. Não eram experiências nada agradáveis. Mas Cristo soube lidar com tudo isso, Ele estava preparado para passar por aqueles momentos.
Na esfera humana, experiências amargas, decepções, perdas, tragédias, ou mesmo pecado podem nos causar profunda tristeza em nossa alma. É natural isso. Independente de sermos cristãos, mesmo tendo Deus em nossas vidas e a alegria da salvação, não estamos isentos disso. Todavia, não podemos nos deixar abater pelas tristezas e decepções da vida. Ficar triste, amargurado, decepcionado pode acontecer com qualquer um, o que não pode acontecer é o abatimento e a entrega à derrota, como se tudo tivesse acabado. Cristo sentiu tristeza, mas não foi um derrotado, não ficou abatido e nem se lamentando, e quando chegou o momento de enfrentar a sua hora, o fez com coragem e determinação.
Para os que passam por isso, fica uma recomendação do apóstolo Paulo: “Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;” (2 Co 4.8,9).
Shalom Adonai!