“Na verdade, não há homem justo sobre a terra, que faça bem e nunca peque” (Eclesiastes 7.20).
O estigma do pecado está arraizado no gênero humano desde o Éden. Somos pecadores por natureza, esta é a herança maldita que recebemos de Adão.
Todavia, o fato de sermos pecadores por natureza não é desculpa para se viver no pecado ou desculpa para se justificar a fraqueza humana. Há os que se utilizam disto para tentar justificar seus erros e pecados, usando desculpas como “a carne é fraca”. Sim, a carne é fraca, mas somos alertados pelo Mestre dos mestres a vigiar e orar para não cairmos em tentação.
O reconhecimento de que somos pecadores deve levar-nos a uma busca constante de Deus, refugiando-nos nEle cada dia e pedindo graça para vivermos dignamente, enquanto aqui estamos. A fraqueza humana não pode ser justificada com palavras somente, mas com atos de contrição e arrependimento diante de Deus, buscando reconciliar-se com o Criador a cada dia. Não adianta justificativas descabidas, pois Deus conhece o coração e ninguém O pode enganar. Para Deus não adianta dizer “A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi” (Gn 3. 12), numa tentativa de isentar-se da culpa, mas sim dizer “Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que a teus olhos é mal” (Sl 51.4). Somente assim podemos ser reconciliados com Deus e gozarmos paz e comunhão com Ele.
Desta forma, não somos justos, mas não podemos viver injustamente. Dá de entender? Espero que sim.