Já não sou digno de ser chamado teu filho

E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e perante ti, e já não sou digno de ser chamado teu filho”  (Lucas 15.21).

O primeiro sentimento que vem ao coração daquele que peca contra Deus é o sentimento de indignidade, de auto-exclusão da presença de Deus, visto que Deus é um Deus absolutamente Santo. É natural e normal que isso aconteça. Todavia, o Deus a quem servimos nunca deixa de nos tratar como filhos. Embora sejamos rebeldes, o amor do Pai é imensurável e incomparável e Ele espera que nos concientizemos de nossos pecados e nos voltemos para Ele arrependidos e dispostos a continuar a jornada que nos está proposta.

Deus disciplina aos seus filhos, caso contrário, não seríamos filhos e sim bastardos (Hb 12.8). A disciplina de Deus é sempre visando o nosso bem. Não precisamos ter medo de Deus. Embora temamos a Sua disciplina, mas Ele não vai nos abandonar e nem nos deixar perecer.  A disciplina virá para nos fazer crescer ou mesmo perceber quão errados estamos e que precisamos do perdão e da misericórdia do Senhor sobre nossas vidas.

Deus nunca vai abandonar os seus filhos. Nós abandonamos a Deus, mas Ele não nos abandona. Ele nunca vai deixar de nos tratar como filhos amados, mesmo que nos castigue ou nos discipline, Ele sempre vai nos amar!

Assim, o sentimento de indignidade, embora natural, deve ser substituído por um sentimento de confiança e amor pelo Pai amado, que sempre nos receberá de braços abertos, tal como o pai do filho pródigo.

One thought on “Já não sou digno de ser chamado teu filho

  1. Graça e paz! O sentimento de indignidade não pode dar lugar à culpa a ponto de alienar o crente. O que deve prevalecer é um arrependimento sincero! Hoje mesmo chegeui a escrever a respeito disto no texto “Antes de um livro” e passo a compartilhar. Ponderei que, em meio às falhas e fraquezas, ainda recebermos de Deus a oportunidade e a motivação para prosseguirmos na luta contra o pecado e pela prática do amor ao próximo. Não importa se acabei de me descontrolar e ofender alguém, ou se, a um instante atrás, olhei com desejo lascivo para uma outra mulher que não seja minha esposa, pois recebo graça em medida suficiente para considerar todos os pecados que cometo lançados no mar do esquecimento e abrir meus braços para o irmão que, no momento presente, está batendo à minha porta pedindo ajuda. É certo que esta graça não é desculpa para que eu resolva sair pecando deliberadamente. Compreendê-la serve para me mostrar que, se pequei, tenho um advogado junto ao Pai que intercede por mim e que sou sempre renovado para olhar adiante, focando no padrão de Jesus. Então, pouco importa o que fizemos no passado, visto que cultivar a culpa de nada nos adiantará e o que vale é estar disposto a produzir obras condizentes com o arrependimento. Continuo sendo indigno pelas minhas obras, mas sou aceito e querido por Deus através do perdão concedido em Jesus.

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