Tenho visto muitos cristãos com sentimento de vingança ultimamente. Cristãos que não suportam a menor ofensa ou afronta e partem logo para o contra-ataque, ou ficam desejando que um raio caia na cabeça de seus ofensores. Os que assim procedem estão fazendo mal a si mesmos, ao invés de a seus inimigos. Parecem que esses cristãos se esqueceram das palavras do Mestre Jesus Cristo, que disse: “Mas a vós, que isto ouvis, digo: Amai a vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam; Bendizei os que vos maldizem, e orai pelos que vos caluniam. Ao que te ferir numa face, oferece-lhe também a outra; e ao que te houver tirado a capa, nem a túnica recuses” (Lc 6.27-29). Ensino difícil de se colocar em prática, não é mesmo?
Nunca devemos nos esquecer que a vingança pertence ao Senhor (Sl 94.1; Dt 32.35; Hb 10.30), razão porque o apóstolo Paulo diz: “Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor” (Rm 12.19), e acrescenta: “Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem” (Rm 12.20,21).
O cristão jamais deverá nutrir em seu coração qualquer sentimento de vingança por seu inimigo, ainda mais se esse “inimigo” for outro cristão. Cristãos podem causar danos a outros cristãos, mas deve prevalecer sempre o amor e o perdão nesses casos, seja qual for a ofensa ou o dano causado.
O Deus a quem servimos é o Deus de justiça, Ele sabe como agir em qualquer circunstância. Devemos sim orar e entregar nas mãos dEle as nossas causas. Porventura não fará justiça o juiz de toda a terra? (Gn 18.25).
Deixemos, pois, Deus cuidar de nossos inimigos!