Perdôo, mas não esqueço!

Dizia-me um certo amigo que a frase: “perdôo, mas não esqueço”, era a mesma coisa que dizer: “não posso perdoar”.
Na verdade, é difícil esquecer as ofensas sofridas, mas é possível viver sem que essas ofensas causem dor ou inquietação.
Perdoar é possível quando entendemos o valor do perdão que recebemos da parte de Deus. Por mais horrendos que tenham sido os nossos pecados, quando nos arrependemos, recebemos o perdão do Senhor Deus. Os nossos pecados são “lançados nas profundezas do mar” (Mq 7.19). Deste modo, Deus se esquece deles. Deus diz a respeito de Israel em Hebreus 8.12 “… E de seus pecados e de suas prevarições não me lembrarei mais”. Assim, tudo indica que perdoar envolve sim “esquecimento”. Leia também Mq 7.18; Jr 31.34; Hb 10.17.
Lógico que esse esquecimento tem a ver com “não levar mais em consideração a ofensa recebida”. Difícil é, mas plenamente possível.
Cristo ao ensinar os discípulos a orar não esqueceu de mencionar a importância do perdão: “perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores” (Mt 6.12 – ARA). Citei este versículo da versão Almeida Revista e Atualizada de propósito. Este texto dar a entender que para receber o perdão de Deus, temos que primeiro perdoar os nossos devedores, “assim como nós TEMOS PERDOADO aos nossos devedores”. Isso deixa claro que Deus espera que assim como Ele nos perdoa, nós também perdoemos os que nos ofendem ou pecam contra nós.
Difícil, não é mesmo? Que Deus nos ajude a perdoar e a esquecer!

III Simpósio Luso-Brasileiro

Foi uma bênção o III Simpósio Luso-Brasileiro em Lisboa, nos dias 8, 9 e 10 de outubro de 2009, promovido pela COMADEUR – Convenção de Ministros das Assembleias de Deus para a Europa, entidade presidente pelo Digníssimo Pr. Antonio Dionízio da Silva.
O evento contou com a presença dos pastores Ciro Sanches Zibordi e Esdras Costa Bentho.
O Pr. Ciro ministrou sobre “A Igreja da Atualidade e Seu Crescimento”, o Pr. Esdras sobre “Os Desafios da Igreja na Pós-Modernidade: Crescimento, Estagnação e Práxis” e o Pr. Dionízio ministrou sobre “Igreja: Paradigma ou Pragmatismo?”.
Todos foram muito felizes em suas exposições. Os participantes foram levados a refletirem sobre o papel da igreja nos dias atuais. A seguir o modelo deixado por Cristo e deixar os modismos que estão sendo adotados por muitas igrejas da pós-modernidade.
Deus foi glorificado e a igreja edificada!

Igreja, luz do mundo e sal da terra

Precisamos refletir sobre a missão da igreja nos dias atuais. Mas antes é preciso redefinir com exatidão o significado de “igreja” à luz da Palavra de Deus.
Para muitos, igreja é uma simples organização ou um lugar de culto. Mas a igreja é a congregação dos redimidos do Senhor na terra, a “universal assembléia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus” (Hb 12.23), a noiva do Cordeiro, a “coluna e firmeza da verdade” (1 Tm 3.15), o corpo de Cristo.
Cristo afirmou: “edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16.18). A igreja foi edificada por Cristo e em Cristo para representá-Lo na terra e continuar a obra por Ele iniciada. Ser de fato “a luz do mundo e o sal da terra”. Se não cumprimos este papel, não podemos ser chamados de igreja.

"Pequei contra o Senhor"

“Então disse Davi a Natã: Pequei contra o Senhor” (2 Sm 12.13a).
Davi, o homem segundo o coração de Deus, pecou. Ele se deixou levar por seus sentimentos e desejos e cometeu um absurdo pecado. Seu pecado não foi só o adultério, mas também o homicídio. Ele também errou ao tentar ocultar o seu pecado, ao achar que estava tudo bem, que Deus não tinha visto. Apesar de tudo isto, ele era um homem de Deus, e não deixou de ser homem de Deus, mesmo em pecado. Deus mesmo se encarregou de repreender a Davi, de trazer à tona o seu pecado.
Às vezes fico pensando no que o apóstolo Paulo escreveu: “Os pecados de alguns homens são manifestos antes de entrarem em juízo, enquanto os de outros descobrem-se depois” (2 Tm 5.24). Creio que é por causa da grande misericórdia de Deus que os pecados de alguns homens (mesmo homens de Deus) são descobertos antes do juízo, porque assim eles têm tempo para se arrependerem, confessarem e abandonarem os seus pecados. O problema, creio eu, é com a segunda parte do versículo, os pecados que se descobrem depois, ou seja, no juízo. No juízo não tem mais jeito, é já para entrar em condenação.
Davi ao ser descoberto, não hesitou em confessar: “Pequei contra o Senhor”, e no Salmo 51.3,4 ele acrescenta: “Pois eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim. Contra ti, contra ti somente, pequei, e fiz o que é mau diante dos teus olhos”.
A resposta de Deus, através de Natã, foi imediata: “O Senhor também já te perdoou, não morrerás” (2 Sm 12.13b).
Que Deus amoroso, misericordioso e pronto a perdoar! A Ele seja a glória para sempre!